Renzo Piano

Renzo Piano (Gênova, 1937), formou-se em 1964 no Instituto Politécnico de Milão.

Em 1971, funda com o arquiteto britânico Richard Rogers a agência Piano & Rogers, com a qual realiza seu primeiro projeto de projeção mundial: o Centro George Pompidou, em Paris.

Já em 1977, funda o ateliê Piano & Rice, juntamente com o engenheiro irlandês Peter Rice, especialista em estruturas de aço. Esta parceria se irá prolongar até a data do seu falecimento, em 1992.

Logo em 1981, funda o seu atual ateliê, Renzo Piano Building Workshop, com sedes em Gênova, Paris e Nova Iorque.
Consequentemente, tornou-se um dos nomes mais importantes da arquitetura contemporânea, recebendo diversos prêmios, entre eles o prêmio máximo da arquitetura, o Pritzker, em 1998, sendo jurado desta premiação a partir de 2006.

Algumas obras:

 

Centro Pompidou de Paris – 1971- 1977

Idealizado em um concurso feito pelo então prefeito George Pompidou em 1969, o edifício propunha, de fato,  criar uma instituição cultural de origem no coração de Paris, totalmente focada na criação moderna e contemporânea, em que as artes visuais se interagem como teatro, música, cinema, literatura e da palavra falada.
Projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, essa edificação chama atenção pelo uso da estrutura metálica e do contraste com o entorno. De acordo com os arquitetos responsáveis pelo projeto, a
prioridade foi para maximizar a circulação funcional e fluxo, liberando assim, espaço interno através da construção de dutos e sistemas de transporte (escadas, elevadores, etc) no exterior. Isso possibilitou um maior
aproveitamento do espaço interno para a realização das amostras.

“Foi um projeto muito arrojado para a época. No começo, os parisienses torceram o nariz. Devo confessar que,
durante quase dez anos, tive medo de assumir para os taxistas locais que eu era o arquiteto. O que quisemos fazer no Beaubourg foi uma paródia do high-tech, com os canos expostos e as cores berrantes.”

 

Rue de Meaux, Paris 1988-1991

O complexo residencial no distrito 19 de Paris é composto por 220 apartamentos de baixo custo.
Nele, as casas têm todas as faces para um jardim central interno, em que estão plantadas árvores de vidoeiro.

A investigação sobre a textura e cor dos materiais levou, surpreendentemente,  à criação de um sistema de fachada de “dupla pele“ e o uso de terracota.

“Casas são projetadas e sonhadas para oferecer abrigo. A sensação de segurança é parte integrante da ideia
emocional do lugar onde se mora…”

 

Beyeler Foundation Museum, (Riehen- Suiça, 1992-1997)

O edifício alongado abrange toda a largura do lote estreito de terra situada entre a movimentada rua principal e uma área protegida de campos agrícolas.

Assim, ela combina dois temas contrastantes: telhado de vidro de comprimento, de paredes sólidas e uma luz, aparentemente flutuante. E também todas as paredes externas são revestidas com pórfiro vermelho da Patagônia (Argentina).

Um grande teto de vidro permite a luz do dia em todo o edifício. Ao contrário da iluminação superior convencional, este teto permite portanto a luz zenital de filtro para o interior do edifício no seu estado natural, em vez de homogeneização e de a tornar difusa e leitosa. Há também três sistemas com fontes de luz artificial que ilumina as salas quando há pouca luz de fora

“Minha intenção era que os visitantes se sentissem parte daquela natureza toda. Do interior do prédio, eles tinham de ver as nuvens, sentir o cheiro das árvores e a luz do sol batendo na pele.
Museus em geral são lugares escuros e intimidantes…”

 

Zentrum Paul Klee – Berne, Suiça – 1999/2005


Um presente da cidade a um dos seus maiores artistas.

Ele toma a forma de três ondulações que se misturam com a paisagem. Três “colinas” de metal

O Centro Paul Klee, construído em três módulos que parecem esculturas paisagísticas é um espaço multifuncional, em que as “ondas”(três grandes volumes), abrigam: o salão principal, um dos pavilhões de exposição ( coleção permanente e temporárias ) e um espaço de biblioteca.

No subsolo temos ainda , o salão de exposição, os estúdios de arte-educação ( ateliers de crianças), os serviços, além de um auditório – totalizando uma área de 15.000 metros quadrados

O Centro custou 105 milhões de francos suíços. 50% pagos pela cidade de Berna, 39% pelo cantão de Berna e 11% pelos membros da conferência regional pela cultura.

Ainda neste, a circulação é organizada ao longo da fachada principal, resultando em uma experiência em que no edifício, a altura e a largura do espaço muda constantemente como uma viagem.

 

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