Rafael Moneo

Só é possível se dar conta da variedade e complexidade dos projetos de Rafael,

construídos ou não, ao longo de 40 anos de profissão e de uma incansável dedicação à obra de pesquisador e estudioso, quando se percorre, portanto, toda a sua produção.

Trata-se , hoje de 130 projetos, dos quais 80 construídos em vários países, sem contar, além disso, sua atividade academia em Harvard.
“ Para mim não interessa saber antecipadamente o que farei no trabalho seguinte.

Em vez disso, procuro deixar me à vontade diante da folha que tenho sobre a mesa.

Esse não estar preparado, esse poder de se esquivar daquilo que se deve fazer continua sendo a prerrogativa mais fascinante deste ofício.

Essa diversidade da arquitetura ou seja, a variedade que nasce da diferença das situações em que vai atuar é o que procuro celebrar com meu trabalho”.

Cronologia

1937 – Nasce em 9 de maio em Tudela, Espanha;

1961- Obtêm o diploma de arquitetura na Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madri;

1965- Inicia sua atividade profissional em Madri;

1966- Inicia as atividades docentes.

Algumas Obras:

 

Museu Nacional de Arte Romana – Em Mérida, Espanha, 1980-5º museu

Aparece como uma espécie de antecipação do surpreendente espetáculo criado pelo conjunto das ruínas locais.

O edifício, cuja fachada dá para a rua José Ramon Melida, parece como uma série de contrafortes que, na estrutura sem ornamentos, tornam evidente um dos princípios em que se fundação a arquitetura romana, a solidez das construções.

 

Kursaal – San Sebastian, Espanha 1990-9

O projeto voltou- se a não construir um edifício que destruísse a presença do rio Urumea,

pois a foz do rio deveria permanecer visível.

Assim, o auditório e a sala de convenções foram interpretados como duas gigantescas rochas na foz do Urumea,

fazendo parte da paisagem.

 

Catedral of ouro Lady of the Angels – Los Angeles, EUA, 1996-2002


A luz refletida nas capelas, captada pelas grandes janelas, dirige para os deambulatórios que conduzem à nave uma luz não muito diferente daquela que se encontra nas igrejas românticas.

Por outro lado, a luz, filtrada pelo alabastro, cria uma atmosfera luminosa, difusa e envolvente, na qual os elementos construídos flutuam, proporcionando uma experiência espacial parecida com as que se encontra em igrejas bizantinas
A cruz de vidro que domina do alto a abside faz com que se compreenda a luz como metáfora mística da presença de Deus.

Biblioteca do campus de Arenberg – Leuven, Bélgica, 1997-2002

Desde o princípio Rafael quis manter a escala e o caráter do local fazendo do minúsculo claustro o núcleo central da nova biblioteca. Temos assim, um edifício baixo e não mimético que contem o claustro, cuja construção levou à descoberta de um espaço novo e inesperado: um pátio coberto se instalava ao lado das celas dos frades e dos muros das antigas dependências do mosteiro, fazendo contraponto à clausura.

A orgânica geometria da nova construção dá força e visa ao austero convento, oferendo assim um amigável gesto de boas vindas no pátio de entrada ao qual se chega tanto pela colina quanto pela estrada.

Referências: Link nas imagens e Coleção Folha Grandes Arquitetos.

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